Deep Web
Infelizmente, nos últimos dias ouvimos falar muito de “Deep Web”, em relação às tragédias de Suzano-SP e da Nova Zelândia. Mas o que é a Deep Web?
A Deep Web, ou Rede Profunda — também chamada de deepnet, undernet ou dark web — originalmente foi criada para fins militares, assim como a internet, ou seja, a intenção era uma forma de comunicação secreta através de criptografias. Porém, a rede oculta popularizou-se e os usuários que queriam mais privacidade em sua navegação passaram a utilizá-la, visto que ela não podia (e não pode) ser acessada por meio de pesquisas em buscadores como o google e/ou Bing. Também não é digitando um endereço num navegador, como o Chrome, o Firefox ou o Internet Explorer, que vamos conseguir acessar uma página.
Para melhor compreensão podemos fazer uma analogia da Deep Web com um iceberg: a internet onde navegamos, chamada de “surface”, em que os sites de mecanismos de busca fazem sua indexação, é a ponta do iceberg; a Deep Web é a parte do iceberg que está abaixo da linha d’água, ou seja, oculta do grande público. Aí é onde funcionam, normalmente, em redes distintas que não se comunicam, o que dificulta muito o rastreamento de seus utilizadores. Por isso a Deep Web é utilizada para conteúdo ilegal, como fóruns de propagação de ódio e violência, pornografia infantil e compra e venda de drogas e armas.
A maioria das pessoas que utiliza a Deep Web acha que está totalmente invisível, mas, felizmente, apesar de ser muito mais difícil o rastreamento na rede profunda, isso não é impossível. Portanto, vale ressaltar, absolutamente tudo na internet deixa rastros!
Por Marcelo Domingos Neto – Analista de Sistemas, Especialista em Informática na Educação.